No fundo do buzão apresenta: VIAÇÃO SÃO JOSÉ

Ôpa! quase uma e meia da madruga,e olha eu aqui,em mais uma nova seção do Gta Rio.Dessa vez,trazemos a seção "no fundo do buzão",dedicado a história das empresas do grande Rio,e baixada Fluminese,sem esquecer de Niterói,São Gonçalo,etc...

Hoje vamos estrear com ela..."A verdinha de Nova Iguaçu",a São José!

São José, a “verdinha de Nova iguaçu” que bem poderia ser a verdinha de Belford Roxo também, já o centro de Belford Roxo vem a ser o ponto de interseção dos seus três principais eixos de operação: B.Roxo x São João de Meriti/Pavuna; B. Roxo x N.Iguaçu/Ponto Chic e B.Roxo x Conj. Barro Vermelho/Santa Maria.

A exceção fica mesmo por conta da linha caçula da Via Light, a Nova Iguaçu x Pavuna: Linha que tem um perfil totalmente distinto das outras linhas da empresa, tanto em itinerário quanto em frota.


Aliás, uma linha tão distinta dentro da empresa que possui até uma associação dos funcionários, a Associação dos Motoristas, Cobradores e Despachantes da Via Light, que promove atividades direcionadas ao pessoal que trabalha na linha.


A São José, apesar de ter mudado sua pintura algumas vezes, se manteve fiel ao verde e branco como cores principais, demonstrando um certo tradicionalismo, talvez em função de ser uma empresa familiar e independente.

Esse perfil tradicionalista, além de ser visto nas cores, ao longo dos tempos também pode ser observado em sua frota. Por um longo período a empresa foi fiel compradora das carrocerias Caio (Bela Vista, Bela Vista “máscara negra”, Gabriela I, Gabriela II, Amélia, Vitória e Alpha), passeando um pouco pela não menos tradicional Ciferal (GLS BUS, Cidade I).

Na linha da Via Light rodaram os melhores carros não só da empresa, mas de toda a região: os estreantes Cidade II e os sucessores Viale e Urbanus Pluss, todos com AC e motor traseiro.



Sua frota teve períodos de altos e baixos, mas há pouco tempo iniciou um aparente processo de reorganização que, mesmo mesclando carros usados aos carros novos, deu uma melhorada na sua imagem.

Na última grande entressafra, a exemplo de outras empresas da Baixada, adquiriu carros usados de empresas da capital, e como não poderia deixar de ser, aderiu aos micros e micrões (Como o Senior Midi do desenho acima).

Apesar de tudo, inclusive desses altos e baixos da frota, manteve uma trajetória regular na operação das suas principais linhas. Se nunca foi a melhor, também não chegou a ser a pior. Há inclusive exemplos de empresas com frotas maiores e mais novas que tem uma operação mais irregular.

E mesmo nas suas piores fases, difícil era ver carros enguiçados nas ruas. Por outro lado, é fácil ver sua equipe de manutenção mecânica testando carros nas ruas próximas à garagem altas horas da noite e madrugada.


Essa é São José, a tradicional “verdinha de Nova Iguaçu” (e por que não de Belford Roxo, e até de São João!), que se ainda hoje não chega a ser uma empresa grande em tamanho, tempos atrás era uma empresa menor ainda.

E que mesmo assim tem um valor simbólico muito importante na história do transporte da Baixada, e merece todo o respeito pela sua trajetória de desbravamento e de contribuição ao desenvolvimento dos sertões da Baixada.

Afinal, se a operação de algumas linhas na Baixada hoje em dia, em pleno 2009, ainda é carregadas de estigmas e mitos, imaginemos a operação de linhas na região 50 anos atrás!

E a São José estava lá!



Finalizando, algumas curiosidades:


* Se hoje a São José marca presença em território Carioca com as linhas da Pavuna, até meados dos anos 1980, com suas duas linhas “SJM x N.Iguaçu” e “SJM x Santa Maria”, mal circulava pelo Centro de São João de Meriti, já que as linhas provenientes de B.Roxo até essa época faziam ponto final na então Rua Maria Augusta, atual Rua Francisca Dantas;


* Talvez devido ao perfil tradicionalista ou a uma opção por operar em eixos bem definidos, a São José, em mais de trinta anos, fez uma única negociação de linha, que foi a transferência da linha “N.Iguaçu x Cobrex” para a então Elmarzinha (É, será que ela fez bom negócio?);



* Seria o nome da empresa uma homenagem ao santo da vizinha e pequenina Igreja de São José, bem perto da garagem, ou terá sido uma mera coincidência?

Só São José pra responder...lol


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